Todo mundo quer passar no vestibular já na primeira vez, mas, infelizmente, apenas uma pequena parcela consegue. Só para se ter uma idéia, na edição deste ano, a Fuvest oferece 10.707 vagas para cerca de 135 mil inscritos. O resultado é inevitável: muitos terão que se preparar novamente e tentar, por mais um ano, o ingresso na universidade pública.
Quem está nessa situação já deve ter feito um diagnóstico do que deu errado e corrigido o problema, para que falhas evitáveis não atrapalhem na hora da prova. O aluno Aílton Martins Pereira aprendeu com o próprio erro: no dia em que prestou vestibular pela primeira vez, alimentou-se de um almoço pesado e acabou ficando com sono bem na hora de responder às questões. “Fiz a prova praticamente dormindo”, lamenta-se. Mais experiente, Aílton vai tentar pela terceira vez superar a Fuvest e conquistar sua vaga na Academia de Polícia Militar do Barro Branco.
O nervosismo e a ansiedade são outros fatores que costumam perturbar muitos vestibulandos na hora da prova. “Na verdade, a maturidade faz diferença. Por já ter passado pela experiência uma vez, quem faz o vestibular novamente já tem parâmetro, sabe o que fazer, o que não fazer, e onde errou”, explica Alessandra Venturi, coordenadora pedagógica do Cursinho da Poli.
Quem tem um bom exemplo de como a ansiedade pode atrapalhar o vestibulando é a aluna Renata Mazakina Siano, que vai prestar os vestibulares da Unicamp e da Fuvest para Arquitetura. A jovem diz que sua maior dificuldade é equilibrar o tempo dedicado a trabalho, estudo e descanso: “A gente não sabe se fica acordada para poder estudar mais ou se vai descansar. Mas, se eu descansar, não vou estudar, e aí fico com aquela dor no coração...”. Para quem vivencia a mesma angústia da Renata, uma dica é dar um pulo até o Vestibulógico, o Setor de Psicologia ou a Coordenação Pedagógica, setores do Cursinho da Poli que podem ajudar na elaboração de um plano de estudos.
Uma amiga da Renata, a jovem Myrella Eloísa Alves, também já passou maus bocados em sua estréia no vestibular. No ano passado, Myrella fez cursinho pela primeira vez, mas não se dedicou tanto ao estudo e só foi “cair na real” no mês da prova. “Na última hora, comecei a correr atrás de tudo, passava a noite acordada, não comia direito, e não adiantou nada. Cheguei ao vestibular doente, fiquei muito mal”. Hoje, mais madura, Myrella aproveita melhor o Plantão de Dúvidas e a biblioteca do Cursinho – setores que ignorou no ano passado – e vai prestar Direito na Fuvest.
O aluno Leandro Aparecido da Silva também se sente mais preparado. “No ano passado era tudo novo para mim, todo mundo falava da Fuvest, mas eu nem sabia direito como era a prova. Comecei a pesquisar em vários sites sobre as universidades, sobre isenções, sobre tudo. O ano passado foi mais pra conhecer o ‘inimigo’”. Agora que sabe quem vai enfrentar, Leandro se prepara para a batalha: além de ser aluno do período matutino, passa a tarde inteira estudando no Plantão de Dúvidas e só vai embora à noite.
A psicóloga Ilana Setton Bachman, responsável pelo Vestibulógico – setor de informações sobre vestibulares e profissões –, explica que, para o estudo não ficar repetitivo, uma saída é buscar novas fontes de informação: “O aluno que já fez outros anos de cursinho pode consultar os Cadernos de Exercícios, outros livros didáticos e até mesmo as provas anteriores dos vestibulares”.
E foi justamente o que fez a aluna Karina Bizzo, que já é formada em Gastronomia pelo Centro Universitário Senac, mas vai tentar Engenharia na USP e na Unesp. Karina diz que recebeu uma dica importante de um colega: pegar uma prova diferente todo final de semana e dar uma olhada, conhecer suas características e verificar como foi resolvida. Por já ter passado por alguns vestibulares, a aluna lembra que o resultado das provas não pode definir sua vida: “Aprendi que ninguém é melhor do que você, muito menos uma prova. Você não pode se analisar num exame de vestibular”. A aluna Myrella também tem uma última lição: “Não joguem truco no cursinho”, diverte-se, depois de aprender com o erro.
topoAv. Ermano Marchetti, 576 (Lapa), R. São Benedito, 245 (Sto. Amaro), R. Sabbado D’Angelo, 2040 (Itaquera) – São Paulo (SP) – Telefone : (11) 2145-7654
Redação: Leonardo Vinícius Jorge - Design: Brasil Multimídia
E-mail: cursinho@cursinhodapoli.org.br - Site: www.cursinhodapoli.org.br